E queria te dizer que não te sinto mais. Não sei. Acho que depois de tantos desencontros, e tantos pedidos de adeus te deixei ir. Te segurei, me esganei, implorei. Mas deixei. Deixei você ir. Ir, sair, fugir. Me convenci. Mas doeu, oh se doeu, Deus, como doeu. Te ver com as outras meninas, com as outras vidas, com tanta gente levando o que eu insistia em dizer que era meu. Mas não era. E talvez nunca seja, e nesse será-que-será me perdi neste gosto de nostalgia. E tu foi enquanto eu estava tonto pedindo pra que você ficasse: sem balanço, sem pedir a minha espera. Tu me arrancaste a alma com essa idéia de ida. Ida sem motivo, sem porquê. Desta tua fuga nada de você me sobrou. Mas no fim, deixei. Deixei tudo para lá, pra esse lá não sei aonde. Não sei. Nem imagino pra que canto, mas finalmente deixei a tua alma sair aqui de dentro pra se encontrar. E continuo aqui não sabendo. Não sei se irás voltar, se um dia ainda terás aquela velha vontade de ficar. Se tanta promessa um dia terá vontade de findar. Mas no fim, te deixei ir menina, deixei e ainda mandei um reza escrita num versinho pra você. Seja protegida menina, seja. Sei que a gente nunca vai dar certo, que não tenho argumentos, e que no fim, te deixei ir porque amei mais a vida do que a ti. Eu te deixei ir amor… Mas aqui no fundo, eu ainda te espero, viu?