quinta-feira, 11 de agosto de 2011

 
Somos opostos inteiros, metades complementares. Somos o cheiro umedecido do lençól após a madrugada entre palavras mornas e olhares longos. Somos quente, gelo, cama, vidraça bruta, transparente e silenciosa. Somos o vento, a casa perto do lago. Esvazias de pintura simples com detalhes a meia luz solar que irradiava o ambiente triunfal de todas as escolhas. Somos fracos. Somos medo, insegurança e ciúme. Somos carnes fracas, cheias de desejos. Somos páginas viradas, estradas mal vividas. Somos lembranças, passados. Certezas que não voltaram e ainda somos duas presenças em constantes esperas que algo possa mudar. Porque ainda somos, no plural. Sempre seremos. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário